As palavras perfeitas
Nunca cruzaram minha mente
Somente desfeitas
Erros inconscientes.
Me perdoe se digo
As verdades em mentira
Não finjas esse sorriso
Desarmes dos olhos essa mira.
Para que esconder
O que a alma grita?
Mais duro é sofrer
Uma dor infinita.
Leve contigo esses ares do norte
Leve contigo essa pedra de gelo
Desgosto hei de tê-lo
Mas a ti, não permitas a sorte.
E aí, Nasser? Olha, confesso que achei esse poema um tanto difícil de interpretar. Então, caso tenha viajado demais, me perdoe. rs
ResponderExcluirO que veio em minha mente foi a palavra "desencontro". Um que não diz as "palavras perfeitas", outro que é cínico e tem raiva e a disposição do eu-lírico de revelar "o que a alma grita". Na última estrofe, a hipótese da separação confirmada com o "leve contigo".
Um amor não-recíproco? E a inevitável, incondicional partida?
O título me lembra um poema de Michael Melamed, o ator que viver o personagem "Dom Casmurro" naquela minissérie da Rede Bobo. Dê uma olhada, depois: http://letras.terra.com.br/manaca/1460735/
E, por fim, digo que gostei bastante do seu poema. Ele é amplo em significações, como uma boa obra de arte deve ser. Parabéns!
"Desgosto hei de tê-lo
ResponderExcluirMas a ti, não permitas a sorte."
Isso é incondicional. Repense esse trecho. Muito obrigado pela dica, e saiba que prezo muito sua visita.