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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Requiem para meu passado

Deixo aqui o que já deixei há um tempo
Vivi superficialmente cada momento
Fui levando-me com o vento
Onde está o arrependimento?

Talvez tenha me faltado sagacidade
Talvez tenha me faltado a verdade
Mas não escondo por maldade
Escondo, para pelo menos de mim ainda sentir saudade.

Não escrevi nenhum poema elaborado
Sequer tive tempo de estar acordado
O tempo que passei dormindo atormentado,
Foi o medo de não ter  me encontrado.

E mesmo perdido nesse mar turvo
Meu corpo em pedaços miúdos
Sempre se faz novo
Pois meu coração está como a ave de fogo, vivo.

domingo, 15 de maio de 2011

Nunca conheci o amor


                                Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.
                                                                                                                      Albert Camus

Eu nunca conheci o amor. Você deve estar pensando “Nossa! Nunca conheceu o amor?”. Mas eu realmente não recebo visitas desse ilustre personagem da vida de quase todos.

Ah! Como eu queria amor, nem que fosse só a beirinha de um.

Deitado na cama à noite
Minha vontade de alguém cresce
Pinga com um conta-gotas minha sorte
E mais que nunca, minha noite anoitece.

Na guisa de um chamado, recado
Até mesmo um espanto
Como um cão amedrontado
Permaneço no meu canto, santo.

Ninguém pra me abraçar, acolher
Declarei-me para meu querido Alter
Ego
Penso ser louco esse eu que não me entrego.

Caio nos braços do sono
Tão quentes, tão vigorosos
Pena serem também um engano
Esses apaixonantes sonhos amorosos.